quarta-feira, 10 de dezembro de 2008


Cirurgia Plástica Na Adolescência

Insatisfação com o corpo, padrões estéticos e pressão social levam mais de 40 mil adolescentes aos consultórios de cirurgiões plásticos!

Com o aumento de cirurgias plásticas nos últimos anos no País, a presença de adolescentes também ficou mais constante nos consultórios médicos, exigindo dos cirurgiões plásticos maior atenção às suas motivações, seus problemas e as conseqüências de intervenções médicas num corpo em desenvolvimento. Essa fase caracteriza-se por grandes modificações corporais, sejam elas internamente, através da revolução hormonal, sejam externamente, com alterações na forma e silhueta corporal. Tudo isso pode contribuir para o surgimento de sentimentos de insatisfação com o corpo.

Segundo pesquisa realizada em 2004 pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, foram realizadas no Brasil mais de 40.600 cirurgias estéticas em jovens entre 14 e 18 anos.
Os procedimentos mais procurados na faixa etária referida são:

  • Rinoplastia (plástica de nariz) *recomendada a partir dos 14-16 anos;
  • Mamoplastia redutora ou mamoplastia de aumento e lipoaspiração;
  • Correcção das orelhas de abano *a partir dos 6-7 anos;
  • Aumento do volume de peito nos homens (ginecomastia);
A plástica na adolescência precisa ser cuidadosa, pois é uma cirurgia com riscos como outra qualquer. Os motivos que estão relacionados com o aumento verificado de cirurgias plásticas nos jovens passam por uma simplificação e maior segurança das técnicas cirúrgicas até a necessidade de se encaixar em padrões estéticos, e esses padrões, assim com a opinião dos adolescentes, mudam rapidamente. Nesta fase, a preocupação com a imagem é a regra. A pressão social, os ditames da moda e o apelo da media acabam por banalizar um procedimento médico que tem, entre outras funções, resgatar a auto-estima das pessoas.

Conselhos a tomar atenção:

  • A cirurgia estética ganhou o mundo dos jovens, porém os pais não devem deixar os filhos agir por impulso;
  • É importante respeitar o desenvolvimento de cada estrutura anatómica antes de abordá-la cirurgicamente;
  • O médico deve ter uma boa relação com o paciente, maturidade e ética profissional. E, claro, fazer parte da SBCP;
  • Mamoplastias: o aumento exagerado e desproporcional ao corpo é uma violência contra a natureza e deve ser evitado;
  • Só se deve recorrer à plástica se realmente existir um problema que a justifique. As cicatrizes físicas ou emocionais são definitivas.

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